fevereiro 19, 2014

Não pensei num bom título



Acho que estou doente. Tenho estado feliz. É que estou amando. E sendo amada. Na hora certa. Não esqueci que não escrevo desde setembro de 2013 e que naquela data eu estava completamente insatisfeita. Sim, eu desisti dos cachos. Invento a mesma desculpa toda hora, mas é isso mesmo; sinto-me bem assim. Pensei em escrever todos os dias até este momento. A vontade crescia e eu só precisava da minha musa inspiradora – que nesse caso fui eu mesma. Cheguei em casa com vontade de compartilhar coisas boas com essa gente toda aí. E a vontade bateu em minha porta e eu abri, senhoras e senhores. É que levou tempo pra acostumar-me com a felicidade e fiquei esse tempo pulando num pé só. E toda essa baboseira sobre o amor e estar apaixonado fez sentido, mas continuo achando que essas cantigas de amigo ou esse romantismo à la Iracema não fazem parte da minha história. Doei roupas velhas e consegui um estágio. Ainda falta muita coisa, mas sinto que este momento de mim durará por bastante tempo. E quero que dure. E quero que nunca achem remédio pra essa doença. Não vou mentir e dizer que mudei completamente. É que acho impossível ser alguém e de repente ser outro... Mudanças nunca acontecem forçadas. Ou talvez sim. Estou lendo O Diário de Anne Frank e a cada página vejo como ela foi forçada a amadurecer. E também se apaixonou. “Amor, o que é o amor? Não creio que se possa realmente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e as tristezas. Isso pode incluir o amor físico. Você compartilha alguma coisa, dá alguma coisa e recebe algo em troca, seja ou não casada, tenha ou não um filho. Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser divido com ninguém mais.” Aí está meu tipo de declaração. Quem precisa de mais contos de fadas nesse mundo? Eu não. 


Um comentário:

Anônimo disse...

AMO de todo coração o jeito que você escreve. Sempre. E caraca, que coincidência; Anne Frank é meu livro desse mês. Estou adorando pois a profundidade dela é tão discreta. Ainda estou no começo, não cheguei ainda nesse trecho. Que uau.
Bom estar de volta. Também apareci mas não voltei de fato :)