Achei um texto muito estranho que eu escrevi em 2007. Não me julguem, eu tinha apenas catorze anos.
Rio, 3 de julho de 2007
"Como, meu deus, eu queria um simples motivo para desaparecer.
Não digo desaparecer, pois, gosto muito de minha pobre doce vida. Poderia simplesmente ter um belo motivo; para ir, e não voltar. Não digo nunca, mas um dia. Quem saberá?
Para os inimigos, um belo e amargo motivo. Irei com o gostinho da amarga vingança, mas para mim ela será tão suave quanto seda. Tão proveitosa quanto um dia de sol.
Para meus amigos, restam-me apenas quatro, quero um motivo convencente e doce. Tenho certeza que eles não me deixariam partir ou iriam comigo.
Sinto-me completamente sem rumo, diria até sem casa. Porque preciso de um motivo? Não posso apenas ir? Não preciso de um destino.
Me deixe ir. Deixe-me viver cada dia em uma nova vida. Cada cidade um novo eu.
Quem sabe poderei ficar pelos caminhos. Podiam me encontrar depois.
Se meu motivo não te basta, eu, logo eu, não serei suficientemente forte para te aguentar em mais um dia.
Te aviso, irei sem mais delongas. O que está decido, não se pode voltar.
Se quiser, me encontre. Encontre ou fique em meu passado.
Talvez eu não precisasse de um bom motivo. Posso apenas dizer: vou. adeus.
Chego até a duvidar, iria realmente?"
Fiz algumas devidas alterações para não ficar mais idiota do que já é. Catorze anos foi uma época em que eu pensava ter talento suficiente para escrever alguma coisa.
moody: relaxed
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