março 02, 2011

L'Oiseau Bleu

Eu sempre fui mais chegada no canal telecine cult do que no outros - desde que comecei a desenvolver consciência cultural. Não estou sendo chata nem metida a culta, eu realmente sempre gostei de filmes antigos, old hollywood, das comédias boas e irônicas, dos dramas, entre outros filmes bizarros. Foi no telecine cult onde vi meu primeiro filme do Woody Allen (que eu já esqueci qual foi).
Mas, não é Woody Allen que me interessa agora. Agora eu estou mais para clássicos da literatura belga: L'Oiseau Bleu (O Pássaro Azul).
Desta vez, eu vi o filme para depois ler o livro. Os dois filmes que vi foram a versão de 1940, dirigida por Walter Lang e estrelada por Shirley Temple, e a versão de 1976, dirigida por George Cukor e estrelada por Elizabeth Taylor.
Particularmente, eu prefiro a versão de 1976. A de 1940 parece mais uma adaptação do livro, mais comercial: eles mudaram algumas coisas, por exemplo, para Shirley Temple fazer parte do filme, os produtores colocaram Mytyl, sua personagem, mais velha que Tytyl. Ou seja, totalmente diferente do livro. 
enquadramento dez
 
Enfim, eu na minha ignorância e amnésia, fiquei anos sem saber que eu tinha o livro ao meu alcance. 
Acontece que minha tia tem uma versão rara de O Pássaro Azul, que eu vou herdar peguei emprestado. Ainda nem terminei o livro, mas a alegria me faz postar primeiro *-*  


O Pássaro Azul foi escrito por Maurice Maeterlinck, um escritor belga, em 1909. Maeterlinck ganhou o prêmio Nobel de literatura de 1911 pelo livro. 
Ele escreveu sobre dois irmãos, filhos de um lenhador. A história começa na noite de natal, quando Titil e Mitil recebem a estranha visita da fada Beriluna. A fada procura pelo pássaro azul e designa os meninos a saírem em busca dele. Beriluna precisa do pássaro para a filha que está doente: ela gostaria de ser feliz. 
Ela também dá a Titil um objeto muito especial. Um chapéu que possui um diamante: ao girá-lo, todas as coisas que supunhamos sem alma, ganham vida.
Titil e Mitil são guiados pela alma da luz e ajudados pelas almas do pão, da água, do fogo, do açúcar, do cão e da gata. Eles procuram o pássaro azul por toda parte, no país da saudade, na floresta, no jardim das felicidades, no palácio da noite, no reino do futuro... 

Depois de ler esse livro, não tem como você não pensar diferente, ainda mais se você entende a moral de O Pássaro Azul
Você vai pensar diferente sobre a morte e sobre a vida. A grande lição do livro é que você não precisa ser rico e nem ter tudo que deseja, e não pode possuir, para ser feliz. A verdadeira felicidade está nas coisas simples; está onde menos se imagina; ela está aqui. Você não precisa virar o diamante para ver... é isso que Titil e Mitil aprendem. 
Vocês sabem que eu sou meio "assim" com a morte, e agora toda vez que penso naqueles que se foram, eu os imagino felizes porque eu pensei neles. 
Acho que minha parte preferida é o país da saudade. 
Internet é um espanto... youtube mais ainda. Encontrei um usuário que fez  o upload do filme de 1976. Só que em legendas de uma língua estranha e audio em inglês. Para mim, isso não é problema. 
Mas se vocês quiserem ver o filme, acredito que tenha para baixar ou em uma locadora de filmes antigos. Tem uma na Rua conde de bonfim... Eu aluguei The great Gastby lá. 

Genteee... pausa para a fofura: 










Um comentário:

A. disse...

Que fofura o menininho, rs.
O livro parece ser bom, acho que nunca li nada escrito por um [ou uma] belga. Vou procurar para baixá-lo. Sou uma vergonha para os escritores. Baixar, pode isso Brasil? Sei que é errado e tal, desmerece o trabalho do autor. Mas vou ver se acho para comprar.
E que legal o livro raro da sua tia. Opa, seu livro.