A Chave

Eu sempre tento aprender alguma coisa com os filmes que vejo e os livros que leio.

É impressionante como sempre tem alguma coisa para aprender. Não sei como tem gente que não gosta de ler. Enfim, não vou discutir esse assunto porque fico triste.

Estava divagando na cama ontem de madrugada e pensava na importância desse ano para mim e meus amiguinhos. Acontece que chegamos num momento crucial: tomar a grande decisão que deve influenciar o resto de nossas vidas.

Nem todo mundo tem a facilidade de escolher o que quer fazer pro resto da vida, como eu – ainda acho essas pessoas imaturas, pois não se conhecem, mas não as julgo porque o autoconhecimento é algo difícil. Talvez eu diga isso porque sempre soube o que queria fazer da vida mesmo sendo muito nova; acredito que minha escolha cresceu comigo, o que foi muito bom.

Todavia, a lição que aprendi não serve apenas para a área profissional, e sim para tudo.

A lição vem do filme Marie Antoinette de Sofia Coppola. E não é algo que você consiga perceber de cara, porque não tem nada a ver com a verdadeira mensagem...

Segundo o filme, Luís XVI não conseguia consumar seu casamento com Marie Antoinette. O irmão dela, sabendo do gosto do Rei por fechaduras lhe dá um conselho que resolve tudo.

“Sei que tem certa paixão por fechaduras. Bem, algumas vezes quando a chave não se encaixa...” Não sei o que ele fala porque outro diálogo sobrepõe a cena. Mas podemos imaginar, já que deu certo, rs

Quando a chave não se encaixa damos uma batidinha, mudamos a fechadura ou mudamos a chave. 

Agora entenda o que eu entendi.

Com a pressão aumentando para escolhermos uma profissão devemos saber que podemos errar nessa escolha. E nunca vai ser tarde demais.

Nós, somos as chaves e talvez vamos errar de fechadura, é a vida. Não devemos ter medo ou vergonha de tentar abrir outra porta.

Faz parte do autoconhecimento. Nós temos que errar para acertar.

Ás vezes, a nossa porta, construída pela vida e por nossas escolhas, esteja escondida por detrás de uma tapeçaria. Nesse caso, se conhecer é a melhor saída. Só não devemos nos frustrar quando a busca demorar demais ou, quem sabe, nossa porta pode está mais próxima do que pensamos.

Ás vezes, nossa porta não é como imaginamos. Ou quem sabe ela só precise de um pouco de graxa na dobradura.  Talvez seja a chave que precise ser polida. O que eu sei, com toda certeza, é que sem entender o que se passa aqui dentro, nunca acharemos a porta e nem seremos a chave que desejamos.

Será que eu consegui dizer o que queria? Essa chave aqui ás vezes divaga invés de dormir.

Bien, eu estou atrás da minha porta. Se ela não estiver onde imagino, vou ter que achar um meio de refazer minha chave.