julho 29, 2012

uma semana no paraíso do Tuiuti


Fico muito feliz em escrever uma história que não é um desastre - muito pelo contrário; é sobre amor, dedicação, doação e um pouco de dor nas pernas.
                Na semana passada, a igreja onde fiz meus cursos, a Comunidade Evangélica Jesus Vive, recebeu um grupo de americanos do Kansas. Além de visitar alguns pontos turísticos, fazia parte do cronograma visitar uma comunidade, nesse caso, o Morro do Tuiuti, e desenvolver atividades com as crianças.   
              
 Eu tive uma semana bem agitada. Todos os dias nós acordávamos cedo, nos encontrávamos na igreja e íamos para o Tuiuti. A diversão já começava na hora de pegar o ônibus; como éramos um grupo bem grande – de brasileiros e americanos – chegávamos a lotá-lo.
               
  É claro que toda coisa boa vem com sua provação. E a nossa era subir escadas e mais escadas até chegar à antiga quadra do GRES Paraíso do Tuiuti, e encontrar algumas crianças já esperando por nós, com sorrisos enormes e alegria irradiando e já esquecíamos aquela dorzinha no joelho e nossos pulmões lutando para conseguir mais oxigênio.   


 As atividades que propomos para as crianças consistiam em evangelizar, conscientizar sobre higiene e hábitos, lições sobre moral e ética, comportamento, entre outras coisas. E, apesar de eu não ser muito religiosa, valorizo esse tipo de dinâmica de quem quer que seja, até porque a evangelização estava presente todos os dias, mas de maneira sutil, de modo que, eu não me sentia desconfortável.


"Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus deu a sua vida por nós e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos." I João 3.16













                Era evidente de que algumas crianças eram carentes, e agarravam em você quando haviam acabado de te conhecer. O mais gostoso dessa experiência foi justamente isso: poder dar um pouco de carinho e atenção a quem tem tão pouco, a quem é diferente e ao mesmo tempo tão igual a você.

                Foi uma semana maravilhosa e meu desejo de continuar trabalhando em projetos desse tipo só aumenta.
Tristemente, minha viajem para Pingueira babou. Mas, ainda temos muito tempo pela frente e o futuro pode reservar algo esplêndido para todos nós. É só acreditar. E fazer as melhores escolhas.

   






E, claro, ano que vem têm mais! 

3 comentários:

Marcos Santos disse...

Está evidente a falácia das UPPs no que diz respeito a construção da cidadania e o oferecimento de cultura e lazer para essas comunidades.Sem escola no mes de julho, as crianças não tinham nada para fazer. O discurso religioso fortalece a "pacificação das almas", como nos ensina Foucault. Mas é válida a vivência com essas comunidades e atestar a necessidade de políticas públicas além do assistencialismo.

Paloma Viricio disse...

Parabéns por participar dessa maravilhosa ação Ceci! Que lindos os olhares de felicidade das crianças. Adoreii...é sempre bom levar mensagens de amor e proporcionar ao próximo momentos de felicidade.
Beijocas!
http://palomaviricio.blogspot.com.br

Adriele disse...

Ah, que lindo, Ceci!
É muito bonito ver os olhinhos das crianças brilhando. E pensar que, eles só precisam de tão pouco. É só atenção e amor! Tenho vontade de participar de mais projetos assim. Já fui em alguns orfanatos e sei o que deve estar sentindo.

Como já disseram acima: Parabéns <3
Obrigada por ter dividido com a gente esta história. :)