novembro 04, 2012

a rainha do crime


Eu tinha idealizado esse post há tanto tempo, mas adiei e adiei e adiei. 
Não posso mais delongar coisas. Tenho tanto tempo livre que não sei nem por onde começar.  Ainda bem que isso acabará em alguns dias. 
Apesar de o post ter ficado grande, juro que a leitura é rápida.   


Agatha Mary Clarissa Miller, conhecida como Agatha Christie, nasceu em 15 de setembro de 1890 em Torquay, Inglaterra.  
Filha mais nova de dois irmãos, sua mãe decidiu que Agatha não receberia uma educação formal; só consentindo que ela fosse ensinada a ler nos seus oito anos de idade. No entanto, Agatha já havia aprendido a ler sozinha aos cinco anos. 
                Se não fosse pela timidez, Agatha poderia ter se tornado cantora e pianista, pois havia recebido aulas e demostrado enorme talento nessa área. 
                Em 1912, conheceu seu futuro marido, Archie Christie, um aviador pertencente à Academia Real de Aviação. Ao deflagrar a guerra, Agatha voluntariou-se como enfermeira, no Hospital da Cruz Vermelha de sua cidade. Ela trabalha mais na farmácia e acredito que venha daí seu conhecimento sobre venenos. 
                A sua carreira como escritora só começou quando sua irmã, Madge, desafiou-a a escrever um romance. Seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles, demorou anos para ser publicado e as críticas foram até boas, com o assassinato por envenenamento tão bem explicado e aparecendo no Pharmaceutical Journal.  
                Agatha é abandonada pelo marido, sumindo por alguns dias – seu carro foi encontrado perto de um lago e ela foi dada como desaparecida. Há muito especulação sobre seu desaparecimento; alguns dizem que era puro marketing para seu mais recente livro, O Assassinado de Roger Ackroyd, que ela queria vingar-se do marido ou que ela tivesse perdido a memória num acidente de carro.  
Eu sou mais chegada à versão criada para Doctor Who. Na quarta temporada, episódio sete, o Doutor encontra-se em 1926 e conhece Agatha Christie. Assassinatos estão ocorrendo, como nos livros da escritora – é claro que é tudo obra de alienígenas e o sumiço de Agatha está relacionado a isso.

                Ao viajar para Bagdá pela segunda vez, Agatha conhece Max Mallowan, seu futuro companheiro. Sua vida, então, modifica-se por completo: pelos próximos trinta anos, Agatha acompanha Max em suas escavações no oriente médio, tornando-se, em vida, uma das mulheres mais informadas em sítios arqueológicos. 
Analisando sua vida como escritora, podemos perceber que por mais que seus personagens fossem ficcionais, os locais não eram. De fato, ela inspirava-se nos locais visitados em suas inúmeras viagens.
Eu arrisco-me a dizer que Agatha viveu bem esse boom dos anos 30, viagens ao desconhecido Oriente, múmias e glamour no Cairo. 
                Agatha possuía numerosos cadernos aonde anotava suas ideias, para mais tarde ditá-las ao seu assistente, que escrevia seus manuscritos para depois, editá-los. Tempos depois, Agatha passou a gravar seus pensamentos num gravador.
E de onde ela tirou imaginação para oitenta livros? Agatha diz não saber exatamente quando uma ideia para um livro poderia aparecer: andando na rua, olhando vitrines, tomando chá. É certo que o que ela escrevia vinha do mundo que conhecia; ela era uma pessoa que ouvia mais do que falava, que enxergava mais do que havia para ser visto. 

             Agatha Christie também escreveu oito livros sobre o nome de Mary Westmacott. Essa série não recebeu o mesmo clamor da crítica, mas agradou muitos e Agatha ficou satisfeita. Era, também, um modo de escrever algo diferente.
E, depois de uma carreira de sucessos e uma vida bem vivida, Agatha morreu em 12 de Janeiro de 1976, aos oitenta e seis anos.

                Eu precisei esforçar-me um pouco para lembrar quando conheci Agatha Christie – é que sempre me pareceu a vida inteira. Foi na quarta-série, indo na biblioteca da escola e encontrando uma pilha de livros amarelados e velhos.  Talvez um amigo tivesse comentado sobre a autora, que eu não sabia quem era. Pequei um livro. Lembro-me que era um com vários contos e na minha preguiça, apesar de ter gostado, li só o primeiro e devolvi o livro.
Anos mais tarde, não me lembro de quando nem qual, pequei outro livro de Agatha. E, assim foi. Hoje possuo quatro, desses amarelados e velhos - que gosto muito -, O Assassinato na Casa do Pastor, Um Crime Adormecido, Assassinato no Expresso do Oriente e Os Crimes ABC. De Mary Westmacott, possuo o A Daughter´s a Daughter, assim mesmo em inglês. Ainda não li.
Agatha tem um jeito de escrever maravilhoso e o modo como ela cria os personagens os faz parecer humanos, vivos. Meu favorito é Hercule Poirot. Um detetive particular francês, digo belga, baixo e barrigudo, orgulhoso de seu bigode e uma massa cinzenta de colocar inveja em Sherlock Holmes. A diferença entre os dois é que Poirot não é exibido.  
Acho que não li muitos de Miss Marple, mas ela é uma velhinha danada.
E modo como ela leva a história e te faz também ser um detetive, só para no final jogar por terra suas teorias sobre o assassino, é espetacular. Se eu acertei uma vez é muita coisa.

Alguns livros de Agatha viraram peças e filmes. O primeiro que eu assisti foi o Assassinato no Expresso do Oriente, sem legendas. Viajei no sotaque inglês, haha
Mas, acredito que seja fácil de achar os filmes. Uma vez baixei Morte no Nilo – só não lembro se vi com ou sem legendas.   

Você pode encontrar a lista com todos os romances e contos, aqui!
 Meus preferidos são Os Elefantes Não Esquecem, embora eu não me lembre da história, mas foi marcante, e E no Final a Morte, que se passa no Egito antigo, por volta do ano 2000 A.C..
Empolguei-me falando de Agatha Christie porque ela é uma das minhas favoritas e faz parte do meu time de autores para recomendar sempre.   

fonte: tradução livre de  http://agathachristie.com

3 comentários:

Unknown disse...

Adorei o post! Adorei saber um pouco mais dessa autora, morro de vontade de ler um livro dela, nunca li nenhum..
Beijinhos!

Am
http://www.vinteepoucos.com.br

Nina disse...

Eu tive um treinamento de literatura esse ano, e Ágatha esteve presente em muitas páginas de meu caderno de questões. É isso mesmo: ela parece estar sempre presente em nossas vidas, desde a mais tenra infância. Não sou uma grande fã do gênero policial, mas amei o "Assassinato no Campo de Golfe", uma obra dela, que talvez seja minima, mas deixou-me fascinada pela construção dos personagens.
Abraços.

Maria Eduarda {@mariaeduardamichael} disse...

oi querida,
muito legal a historia dela, não conhecia mesmo. Li apenas um livro dela mas faz muito tempo e nem lembro, tenho vontade de ler outros!
boa semana
;*

dudsparrow.blogspot.com.br