maio 17, 2013

venho

Na água quente meu
Corpo se dissolve,
Amolece e desaparece;

No escuro meu
Corpo some, perde-se
E desvanece;

No banho longo meu
Corpo renova, cria forma
E já sou eu que venho.






Era uma aula incompreensível (mais por eu estar atrasada na matéria) de teoria da literatura e meu notebook encontrava-se aberto; o desenho de um gato assustado e a reprodução dos meus dedos segurando o notebook somados ao desejo de tomar um banho no escuro causaram esse poema. Acrescentei meu último desenho porque faz sentido, é íntimo. 
Eu tenho esse hábito ocasional de tomar banho no escuro há um tempo e minha mãe acha estranho. Até que é. Explico-me citando uma reportagem que passou na televisão, que dizia que fazer isso exercitava o cérebro. Isso nunca é demais. 

3 comentários:

Helena disse...

QUE ALEGRIA, achei que só eu gostava de tomar banho no escuro; não sempre mas as vezes. Nossa, é uma sensação perfeita. É bom com uma única vela também!
E o que você faz que desenha também? É pessoal ou algo para escola e tudo mais?
Te deixo meu email para me enviar a foto da sua edição de razão e sensibilidade :D
Um beijo, seu poema está anotado por aqui.
Beijos

Helena https://hassdc.wordpress.com

Paloma Viricio disse...

Hum...adorei. Ceci, você é intensa em tudo que faz, nos textos, nas fotos e nas palavras e adoro isso. Por isso, seu blog é um dos meus favoritos. Ainda não li o livro A bicicleta azul, mas quero muito.
Bom começo de semana.
Beijos!
Paloma Viricio- Jornalismo na Alma.

Nathália Carvalho disse...

tomar banho no escuro? eu me sinto muito perdida de mim! cecília, você tem problemas psicológicos e mentais! rsrs